Você conhece a roleta russa da gordura visceral?
Já ouviu falar em estômago alto? Muitas vezes observamos aquelas pessoas que têm a região abdominal distendida, mas não apresentam excesso aparente de dobras cutâneas, ou seja, de gordura abaixo da pele. É a tal “barriguinha de cerveja”, que muita gente brinca. No entanto, esta é uma gordura longe de ser engraçada. Trata-se da gordura visceral, um acúmulo de gordura entre os órgãos.
Para o sistema cardiovascular, esta é a gordura mais prejudicial. Predispõe o corpo a um processo inflamatório crônico, que altera o PH fisiológico e aumenta o risco de desenvolver doenças sistêmicas, como diabetes, hipertensão, dislipidemia e até mesmo câncer. Se a pessoa tiver uma genética favorável ao desenvolvimento destas doenças, ainda pior.
O consumo excessivo de carboidratos simples, como aqueles obtidos na quebra de alimentos refinados, como arroz, pães, massas, biscoitos, açúcar; e o consumo excessivo de álcool são os grandes facilitadores do desenvolvimento de um belo estoque de gordura visceral.
Alguns analisadores corporais com eletrodos simples, como a bioimpedância, podem dar uma estimativa de como você está neste quesito.
Procure descobrir como está seu índice de gordura visceral e, se estiver alto, não perca tempo em mudar hábitos de saúde para que volte ao normal. Para isso, recomenda-se alimentação balanceada, rica em fibras e proteínas, suplementação de ômega 3 e atividade física regular. O ômega 3 contribui com a redução dos níveis do colesterol ruim (LDL) e dos triglicérides, bem como com o aumento do colesterol bom (HDL), além de ter um importante papel anti-inflamatório.
Controlar o estresse também é fundamental, uma vez que estudos têm apontado uma relação entre o cortisol (hormônio liberado em maior quantidade em situações de estresse) e o aumento de gordura visceral.
Para muitos, esta é a pior parte: controlar o estresse. Afinal, por causa dele, o cortisol aumenta, comemos mais calorias, “não temos tempo” para exercícios e
dá aquela vontade de relaxar com alguma geladinha. Encontre sua solução! Caso contrário, você estará brincando de roleta russa com sua saúde!
Fonte: Gazeta Esportiva
Cristiane Peixoto Mestre em Educação Física no Envelhecimento pela USP, membro do WTTC Masterminds Team e criadora do Método Águia – desenvolvendo idosos saudáveis. Site