Sobrepeso e obesidade: a maior epidemia da história
A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao valor usado pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia.
Apesar de a obesidade estar relacionada a fatores genéticos, há influência significativa do sedentarismo e de padrões alimentares inadequados no aumento dos índices brasileiros. Forte aliado na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, o consumo de frutas e hortaliças tem sido deixado de lado por boa parte dos brasileiros.
O estilo de vida atual mostra que não vivemos a cada dia, apenas sobrevivemos; as rotinas estão cada vez mais atribuladas e caóticas, dedicamos a maior parte do dia para o trabalho e demais afazeres, o que nos desmotiva a inserir mais a atividade física nessa jornada. Os números do Ministério da Saúde mostram esse quadro. Em 2016, 51% da população brasileira está acima do peso. Em 2006, era 43%. Eis um sinal de alerta.
Muitos só se dão conta de sua situação quando esse modo de vida já traz consequências, já que o risco de doenças associadas a obesidade é elevado. Além de incapacidade funcional, redução da qualidade de vida e de expectativa de vida, a obesidade tem relação direta com doença renal, osteoartrose, câncer, Diabetes tipo 2, apneia do sono, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), Hipertensão e doenças do coração.
Os quilos a mais no corpo sobrecarregam articulações e o trabalho dos órgãos, causa mais insuficiência metabólica e respiratória. Sem contar a influência negativa para as crianças. Afinal, estudos mostram que crianças advindas de pais obesos têm 80% de chance de também se tornar um adulto obeso.
Se você tem dúvidas se está ou não acima do peso, o IBGE segue os parâmetros da Organização Mundial da Saúde na conceituação de sobrepeso (Índice de Massa Corporal superior a 25%) e obesidade (IMC superior a 30%). Para melhor controle, esteja em dia com o acompanhamento médico e com exames e permaneça atento ao aumento repentino da balança.
Para os que estão enquadrados nesse perfil, a alternativa mais eficiente é mudar o estilo de vida, incluindo hábitos saudáveis e exercícios físicos. De forma geral, tente se exercitar pelo menos 30 minutos todos os dias. Isso não precisa ser feito de uma única vez. Você pode quebrar em três sessões de dez minutos por dia. Embora 30 minutos de caminhada não levem ao emagrecimento, reduz o risco de doenças e é um bom ponto de partida.
Pesquisas indicam que para perder peso é preciso ter uma atividade moderada de 60 a 90 minutos por dia. Mesmo que você não consiga fazer isso agora, essa pode ser uma meta de longo prazo.
Mantenha-se firme e vigilante no que consome. Preste atenção ao tamanho das porções e use uma tabela de calorias para verificá-las. Em geral, as pessoas tentam se convencer de que não comem muito. Ao documentar, você poderá observar isso com certeza.
Ame-se, valorize a sua vida, plante hoje para colher lá na frente. Isso é qualidade de vida. Não é viver de dieta e academia por modismo! Procure sempre por profissionais qualificados e devidamente formados para lhe orientar na pratica de atividade física e na prescrição de dietas. A saúde agradece!
Fonte: Gazeta Esportiva