Ser mãe muda a alimentação
Ser mãe muda a alimentação
Durante a gestação ou após o nascimento dos filhos, as crianças ajudam a mudar os hábitos alimentares das mulheres
A editora de livros Luciana Thomé mudou completamente a alimentação desde que descobriu que estava grávida, em novembro passado.
Aos 34 anos, ela costumava pular refeições sem piedade: dificilmente comia alguma coisa pela manhã, quando muito um café com leite a caminho do trabalho.
As refeições que Luciana respeitava se resumiam a apenas duas: o almoço e o jantar. O resto, ela fazia que nem existia. Mas Lucas, o bebê que chegará em junho, mudou a rotina da futura mãe.
“Agora, assim que levanto, preparo meu café com leite em casa, e não a caminho do trabalho, e ainda como uma fatia de pão integral e uma fruta, além de um copo de suco de laranja. No meio da manhã, tomo mais uma xícara de café com leite ou como uma fruta”, conta ela.
Outras refeições que passaram a fazer parte da rotina de Luciana foram o lanche da tarde e a ceia antes de dormir. Já o almoço e o jantar receberam mais saladas e menos carboidratos. E parece que a futura mamãe está indo muito bem. Segundo Rosa Silvestrim, nutricionista do Centro de Pesquisa e Reprodução Humana Nilo Frantz, de Porto Alegre (RS), a dica para esta fase da vida da mulher é uma alimentação equilibrada, dividida em refeições pequenas, consumidas vagarosamente, com uma mastigação desacelerada.
“É fundamental a ingestão de proteína, cálcio, ácido fólico, ferro, vitamina A, vitamina C, zinco, gorduras de boa qualidade e fibras. Entre os alimentos indicados estão feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, carnes magras, peixes, azeite de oliva, ovos, folhas verde-escuras (como couve, brócolis e espinafre), gergelim, nozes, amêndoas, castanha-do-pará, cereais integrais (aveia e pão integral) e frutas cítricas (laranja, limão, mexirica, maracujá, lima, acerola, morango, abacaxi e goiaba)”, sugere Rosa.
Entre os alimentos cortados da dieta diária, Luciana riscou de cara do menu o café preto e os preparados com adoçantes artificiais. Logo depois, em função de uma pequena alteração nos níveis de glicose no sangue, tirou também o açúcar do cardápio – até o café com leite ficou sem.
Faltando cerca de dois meses para a chegada de Lucas, Luciana já começa a pensar na alimentação que será adotada com o crescimento do filho.
“Assim como nos acostumamos com coisas ruins, nos acostumamos com as boas. Por isso, não pretendo voltar a ficar 12 horas em jejum, como fazia antigamente. Vou me policiar para continuar com a alimentação regrada como a que estou tendo agora. Até porque quero que o meu filho se alimente bem também”, diz.
Essa modificação dos hábitos alimentares dos pais com a chegada das crianças pode, sim, acontecer, garante Rosa Silvestrim.
“Os pais corrigem seus hábitos alimentares com o intuito de preservar a saúde dos filhos. Pode ocorrer de reduzirem o uso de sal, refrigerantes, doces e frituras, por exemplo”, diz a nutricionista.
A veterinária Tatiana Kern passou a cozinhar após a chegada de Francisco, que faz seis anos em 31 de maio. Antes dele, ela normalmente comia apenas um sanduíche à noite. Agora, faz jantar quase todos os dias.
“Normalmente, comemos arroz, feijão, carne ou massa”, conta ela.
Tatiana diz que chegou a pensar em adotar uma dieta vegetariana após o nascimento do filho, mas a ideia foi derrubada pelo pediatra.
“O pediatra me avisou que as crianças precisam comer carne até os dois anos. O resultado foi que o Francisco adora carne. Então, esqueci a ideia de ser vegetariana”, diz a veterinária.
Dicas básicas de alimentação na gestação:
– Mantenha uma dieta balanceada, rica em proteínas, frutas e verduras
– Faça pequenas refeições em intervalos regulares
– Evite o uso exagerado de sal
– Não abuse da cafeína
– Limite o consumo de açúcar
– Beba pelo menos 2 litros de água por dia (em intervalos ao longo do dia)
Fonte: saude.ig.com.br/alimentacao/2012-05-09/ser-mae-muda-a-alimentacao