Os desafios de criar filhos conectados

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Os desafios de criar filhos conectados

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“Acho ridículo como todo mundo fica teclando no celular, ninguém conversa mais, parece que o mundo virtual assumiu o controle de tudo…”, leio num post que alguém enviou pelo Facebook. Tecnologia, redes sociais, smartphones, todos temos críticas, ponderações, especulações, no entanto, todos utilizamos.

Certa vez presenciei o primeiro slide (é assim que se chama isso, ainda?) de um evento corporativo, pedindo aos presentes para desligarem os celulares. Mas, como iria digitar meus comentários no documents to go? E quanto à selfie para a postagem de relacionamento com meus clientes? Então, após um dia de muitas transações feitas pelo WhatsApp, chego em casa e vejo meu filho de dez anos jogando no celular. Ele me pergunta “mãe, como se fala – como você conseguiu – em inglês?”, porque ele está jogando online com um garoto de outro país.

A infância de hoje em dia parece nascer deslizando dedinhos sobre uma touch screen, e muita preocupação e críticas surgem entre pais, avós e educadores. No entanto, em proporções equilibradas entre atividades físicas, pedagógicas, culturais e sociais, o mundo dos eletrônicos é fundamental para que as crianças estejam preparadas para um futuro cujo presente possui novas palavras, como ‘ciberataque’. Da medicina à arte, toda forma de interação e produção humanas passarão pela ciência da tecnologia, e não podemos ignorar o instinto que parece acompanhar o DNA da nova geração.

Cuidados essenciais, entretanto, precisam ser tomados. Estabeleça um limite de tempo de utilização dos equipamentos eletrônicos e da internet; utilize ferramentas confiáveis para restrições de acesso a sites indevidos; oriente as crianças internautas sobre os perigos, riscos e iscas mais usadas na web, principalmente redes sociais; aproveite para instalar aplicativos de geolocalização, por segurança; oriente a postura da criança diante do computador e dos mobiles; observe e acompanhe de perto, principalmente, o comportamento do seu filho quando está impedido de usar o celular ou de jogar, porque o tempo acabou.

A falta de controle e o comportamento alterado podem indicar que esse hábito não está sendo saudável. Lembre-se sempre de que o movimento e a interação social nunca podem estar ausentes da rotina das crianças, em todas as faixas etárias.

 

Cristiane Peixoto

Mestre em Educação Física no Envelhecimento pela USP, membro do WTTC Masterminds Team e criadora do Método Águia – desenvolvendo idosos saudáveis.

Fonte: Gazeta Esportiva