O que podemos aprender com a alimentação de um atleta?

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O que podemos aprender com a alimentação de um atleta?

Os atletas têm um cuidado muito especial com a alimentação. Em algumas modalidades, o rigor com a forma física é ainda maior, mas é fato que ser saudável é imprescindível para todas. Nesse sentido, aliado aos exercícios físicos, o hábito de manter práticas saudáveis à mesa é essencial para renovar as energias e manter a competitividade.

Embora a forma dos atletas seja invejada por muitas pessoas, é importante ficar atento na hora de se inspirar no planejamento alimentar destes profissionais, já que cada organismo tem as suas necessidades específicas e, quando o assunto é alimentação, esta é uma variável importante. “A nutrição dos atletas não é única, somente pelo fato de terem esta ocupação profissional. Isso se aplica até quando fazem parte de uma mesma equipe. Nesses casos, cada integrante é avaliado individualmente e recebe recomendações customizadas”, explica a nutricionista do Instituto Tênis, Patrícia Ghattas.

Segundo a especialista, quem pratica atividades esportivas, obviamente deve ter atenção redobrada nesse quesito, pois, na maioria das vezes, a demanda energética e nutricional é maior do que quem não as realiza. Por isso, entre os atletas, o planejamento alimentar também é diferenciado, uma vez que as necessidades às vezes podem ser parecidas, mas jamais são iguais.

“O erro mais comum, ao copiar o cardápio de um atleta, é acreditar que o que serve para um ídolo do esporte, serve para qualquer pessoa. Com isso, a busca por um atendimento profissional, para a elaboração de uma estratégia nutricional correta, é deixada de lado”, reitera Patrícia.

Outra questão importante é a supervalorização dos suplementos, que são considerados, erroneamente, milagrosos. “Hoje, as pessoas têm um comportamento muito imediatista. Almejam excelentes resultados rapidamente e fogem do que realmente funciona, ou seja, de um cuidado progressivo, que exige foco, dedicação, determinação, repetição, persistência e, sobretudo, paciência para estabelecer comportamentos alimentares mais assertivos, saudáveis e duradouros”, ressalta a nutricionista.

Patrícia, que lida diariamente com atletas de diversos níveis, explica que, para qualquer indivíduo, os suplementos são indicados apenas em algumas situações. São elas:

1) Quando se esgotam todas as estratégias alimentares e mesmo assim ainda faltam nutrientes para suprir todas as necessidades daquele indivíduo;

2) Nos casos em que o acesso à alimentação apropriada é muito escasso ou não se confia na qualidade e segurança dos alimentos disponíveis;

3) Quando existe uma real necessidade de ampliar e aperfeiçoar o desempenho físico e mental, por meio de nutrientes e bioativos muito específicos que não podem ser encontrados em quantidades suficientes nos alimentos;

4) Quando o indivíduo, por alguma razão, se encontra impossibilitado de ingerir os alimentos ou não consegue comer o suficiente (algumas enfermidades, desnutrição, etc).

A nutricionista do Instituto Tênis ainda afirma que é essencial a escolha adequada dos alimentos que compõem o plano alimentar. “Quando se fala em alimentos naturais, não existem ‘vilões’ ou ‘mocinhos’. Um alimento que é considerado bom para uma pessoa, pode ser muito ruim para outra e vice-versa”.

Entretanto, Patrícia dá três dicas importantes que podem ser aplicadas a todos:

1) Evite alimentos industrializados e/ou processados:

Os alimentos industrializados e/ou processados, ou seja, modificados pelos seres humanos, contém aditivos sintéticos (conservantes, corantes, agrotóxicos etc.) e fazem muito mal à saúde. Por isso, para uma boa alimentação, é bom evitar o consumo excessivo destes itens.

2) Carne de animais que foram maltratados ou alimentados inadequadamente pode fazer mal à saúde:

Nesse sentido, é essencial checar a procedência das carnes antes de ingeri-las.

3) Consuma alimentos naturais:

A alimentação deve ser o mais natural e variada possível, com elementos isentos de aditivos químicos e sintéticos, incluindo verduras, legumes, frutas oleaginosas, sementes, cereais integrais, leguminosas, tubérculos, laticínios, ovos e carnes de boa procedência. Dê preferência a alimentos orgânicos.

Fonte: Note Comunicação