Igualdade entre os sexos
Jovens querem igualdade entre os sexos, mas em casa preferem papeis tradicionais
Uma nova pesquisa diz que um número crescente de estudantes creem que papéis convencionais para homens e mulheres funcionam melhor.
A uma primeira vista, parece que cada nova geração tende a apoiar cada vez mais a igualdade entre homem e mulher. Um novo estudo, porém, aponta que a realidade não é bem assim: um número crescente de estudantes acredita que deve haver oportunidades iguais para homens e mulheres na política e no mercado de trabalho, mas dentro de casa é preciso seguir os papéis tradicionais.
O estudo, que é parte do simpósio Gender and Millenials Online, analisou 40 anos de pesquisas que registram a opinião de estudantes norte-americanos do último ano do ensino médio. Os pesquisadores descobriram que cerca de 90% de cada grupo de estudantes de ensino médio desde a década de 1990 afirmou que as mulheres devem ter as mesmas oportunidades que os homens na política e nos negócios.
Porém, na vida familiar, não acontece o mesmo. Em 1994, 58% dos estudantes discordavam da afirmação de que o melhor modelo de família é o do “homem-chefe de família” e “mulher-dona de casa”. Em 2014, essa porcentagem diminuiu para 42%, ou seja, os jovens que concordam com esse modelo agora são uma maioria.
Além disso, em 1994, 71% discordavam de que é o homem quem deve tomar as decisões importantes para a família. Em 2004, apenas 63% dos estudantes discordavam dessa afirmação.
O estudo especifica que, de modo geral, os estudantes afirmam que os casais podem moldar seus papéis da maneira que quiserem. O sentimento de que papéis convencionais funcionam melhor, porém, tem crescido.
Os autores do estudo, Joanna pepin e David Cotter, creditam o panorama atual a uma teoria que chama de “essencialismo igualitário”, que seria “a crença de que homem e mulher são diferentes, mas iguais”. Esse pensamento combina o compromisso a dar oportunidades iguais a ambos os sexos com a noção de que homens e mulheres escolhem tipicamente oportunidades diferentes porque cada sexo se adequa naturalmente a certos papéis.
Fonte: Sempre Família