Fertilização in vitro cresceu 106%

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Fertilização in vitro cresceu 106%

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A fertilização in vitro é um tratamento para a infertilidade indicado a casais com problemas como alterações tubárias, endometriose, alterações no sêmen e idade materna avançada. Usualmente, os pacientes recorrem ao tratamento da fertilização  quando outras opções de tratamentos já tenham falhado seguidas vezes.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, entre 2011 e 2014, o número de fertilizações in vitro realizadas no Brasil, incluindo mães heterossexuais e homossexuais, aumentou 106%. O total de procedimentos saltou de 13.527, em 2011, para 27.871, em 2014.

Em Teresina, o especialista em reprodução humana Anatole Borges (foto) diz que a procura por tratamentos acompanha o ritmo nacional. O médico explica que mensalmente cerca de 60 casais procuram seu consultório em buscar do sonho de aumentar a família.  “Em oito anos trabalhando na área percebi  que há cada vez mais procura por tratamentos de fertilização. Há uma tendência de ter filhos mais tarde, e quanto maior a idade da mulher, maior a dificuldade de engravidar.”, frisou.

Ele avalia que vários fatores contribuem para esse aumento pois além dos casais estarem adiando o nascimento de filhos, houve uma redução no custo dos tratamentos.“Teresina não fica atrás de nenhum outro lugar do Brasil em termos de tratamento de reprodução humana”.

Para realizar o processo, a paciente recebe medicações que vão estimular o crescimento dos folículos ovarianos. Os ovários são avaliados periodicamente até os folículos apresentarem tamanho adequado para agendar o dia da fertilização. Ao final da indução da ovulação é administrada uma medicação que vai terminar de amadurecer os óvulos e aproximadamente 35h após este procedimento é agendada a aspiração dos óvulos (punção folicular).

“A punção folicular é realizada sob sedação (anestesia). O médico utiliza o ultrassom com uma agulha e aspira os folículos ovarianos via transvaginal. No mesmo dia, o homem colhe o sêmen e após algumas horas, o casal é liberado. No laboratório, os óvulos são colocados em um recipiente com os espermatozoides e após dois ou três dias, em alguns casos até cinco dias, a paciente retorna para transferência embrionária. Os embriões são colocados dentro do útero com um cateter especial, sem necessidade de anestesia. E de 12 a 14 dias após a transferência dos embriões já é possível saber o resultado por meio de um teste de gravidez”, explica Anatole Borges.

Atualmente, a taxa de sucesso de gravidez em mulheres com até 35 anos varia entre 30% a 50%. Na década de 1990, o índice variava entre 17% e 20%. Segundo uma pesquisa realizada pela Rede Latinoamericana de Reprodução Assistida (Rede Lara), até 2012, o Brasil era responsável por 45% das fertilizações in vitro realizadas na América Latina. A Argentina ocupava a segunda posição, com 23% do total, e o México, a terceira, com 12%.

Fonte: www.portalaz.com.br/noticias/saude