Boas compras! Vamos ao Brechó!
Ben Haggerty, mais conhecido pelo seu nome artístico Macklemore, é um músico e rapper norte-americano que em 2013 lançou seu single “Thrift Shop” onde diz que existem dezenas de maneiras de economizar dinheiro durante uma visita a um brechó colcando esforço, estilo e auto expressão.
Qual é o problema de utilizar uma roupa usada? Nenhum! Muito pelo contrário, existem argumentos ambientais que incentivam esse tipo de comércio. Uma boa lavagem, uma linha e uma agulha fazem milagres e evitam desperdício de recursos naturais. O consumo em brechó é um dos pilares da sustentabilidade, de um consumo mais responsável, gastando menos energia, menos produtos químicos, reduzindo o consumo de água e economizando dinheiro. Se antes um brechó era sinônimo de “coisa velha”, com cheiro de naftalina e ambiente austero, hoje é visto como a prática em reutilizar algo que já foi de alguém, mas que, por estar em bom estado, não precisa ser jogado no lixo. Uma questão de reaproveitamento.
Brechós são baratos, acessíveis e únicos (eu não gosto ver alguém nas minhas roupas). Não culpo as pessoas por ficarem sobrecarregadas com a perspectiva de peneirar prateleiras e prateleiras de roupas usadas, pois pode ser cansativo e às vezes infrutífero. Isto é, se você não sabe o que procurar. Confira algumas dicas para garantir uma boa experiência de compra nos vintage shops.
– Selecione peças de qualidade ou etiquetas de grandes marcas. Marcas e tecidos de menor qualidade a baixos preços dos brechós podem ser tentadoras, mas antes de comprar aquele terninho de poliéster lembre-se que, a longo prazo, roupas de alta qualidade são sempre melhores. Busque itens de marca que têm uma reputação de ser de alta qualidade. As fibras naturais sempre tem um olhar melhor ao longo do tempo, mesmo que elas custem um pouco mais. Procure algodão, linho e couro, e evite tecidos como o poliéster, nylon ou sintético, que podem se desgastar ao longo do tempo.
– Valorize peças com modelagem tradicional. Uma t-shirt de brechó veste exatamente como uma t-shirt deve ser. Os tamanhos são mais “verdadeiros” do que os tamanhos de hoje, se adaptam bem tanto em comprimento quanto em largura.
– Boas calças, além do modelo original, podem se transformar em bermudas e shorts. A seleção de calças em um brechó é geralmente cheia de estampas e estilo de funky, que funcionam muito melhor como shorts.
– Tome cuidado com a conservação das peças encontradas em brechós, como zíperes que não funcionam Eu deixaria o item para trás. Acho zíperes difíceis de substituir. Faltam botões? Normalmente você vai encontrar uma reposição. Se não, veja se pode “roubar” um botão na parte inferior da camisa, ou de um punho, e usar no lugar do botão que falta. A menos que os botões sejam extremamente incomuns, você pode encontrar um substituto próximo em uma loja de armarinhos. Verifique também as costuras internas da peça de vestuário.
– Manchas? Infelizmente, a maioria delas não vai sair. Há uma grande probabilidade do proprietário anterior já ter tentado removê-la. Tenho um amigo que sempre diz: “Eu só vou colocar um aplique” sobre ela. Acho que funciona para jeans, mas nada mais. Na maioria dos casos, é bastante óbvio, deixar a peça para trás.
– Cheire a peça. Se existe odor, pode levar um grande esforço e várias lavagens. Assim, você terá de decidir se vai valer a pena o seu tempo, esforço e investimento em fontes de lavagem adicionais. Verifique as instruções de lavagem. Seja realista, e pense antes de comprar roupas que precisam ser lavadas a seco.
– Rasgos ou buracos em forros, por exemplo, se um casaco está em outra boa forma, podem ser costurados, embora não seja fácil. É importante conhecer os desafios (tecido escorregadio, ajuste complicado). Por um preço, você pode encontrar uma costureira ou alfaiate que vai assumir o desafio. Esteja ciente, porém, que você pode pagar tanto ou mais para um forro do que pelo revestimento inteiro.
– Com relação ao tamanho, as calças, por exemplo, se encaixam ou não. Um vestido tem mais possibilidades. Você pode ser capaz de levá-lo mesmo se for muito grande, e conseguir os ajustes devidos ou até mesmo novos formatos de uso. Se algo é muito apertado, não pense no “se eu perder cinco quilos”… Há uma grande probabilidade de a roupa definhar seu armário, ocupando um espaço valioso.
– E por fim tome nota do que é tendência. Você vê uma tonelada de estampa de leopardo? Está todo mundo usando peças com apliques? Qual é a altura do cós da calça? Em seguida, vá até um brechó e comece a olhar para os itens que incorporam essas tendências. O ponto é a moda é cíclica: é possível achar um cinto de pele de leopardo vintage que tem anos (ou décadas) de idade, mas totalmente atual, e uma jaqueta jeans com uma modelagem tendência.
Fonte: Gazeta do Povo