A convivencia entre irmãos

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A convivencia entre irmãos

22-12

Ser visto como exemplo a ser seguido pode ser ótimo para amadurecimento, mas sem equilíbrio torna-se uma obrigação sufocante

Com a chegada de novos irmãos e com o passar do tempo, o primeiro filho se torna o irmão mais velho. Não é um papel fácil: por um lado, ele terá mais liberdades e será a maior autoridade na casa depois dos pais. Por outro, sua condição traz consigo uma série de desafios, como servir de ponto de referência e de apoio para os demais irmãos, com um papel que pode ser comparado a uma extensão do papel dos pais.

“Você tem que dar exemplo”, “tem que ser mais responsável”, “precisa cuidar dos seus irmãos”, “pare de brigar com o seu irmão – não está vendo que ele é menor que você?”… Essas são algumas frases que o irmão mais velho costuma escutar dos pais. Ser o primogênito traz várias obrigações que, assim como podem ajudar a amadurecer, podem também se tornar pouco atrativas e até sufocantes.

É por isso que é tão importante manter o equilíbrio na casa: nem sobrecarregar o irmão maior com responsabilidades excessivas, fazendo dele a babá ou o mordomo de seus irmãos (ou de seus pais), nem deixar de pedir a sua ajuda quando realmente seja necessário.

1. Exemplo a seguir.

A figura do irmão mais velho sempre foi um ponto de referência nas famílias. Para os pais é um apoio ao qual podem recorrer quando estão ausentes. Além disso, os pais costumam se envolver mais com ele pois é com o irmão mais velho que enfrentam os problemas de cada fase por primeiro. Para os irmãos menores, o maior é um modelo a ser imitado e, mesmo que não percebam, têm sempre seus olhos fixos nele e na sua forma de fazer as coisas.

2. Parceiro na educação dos menores

Também no terreno educativo os irmãos mais velhos costumam abrir caminho. Os pais têm de se lembrar disso e, aos poucos, depositar mais confiança de que eles realmente podem ajudar no cuidado com os menores. É o caso de uma viagem inesperada que os pais precisam fazer e dependem de alguém para cuidar dos outros, ou mesmo quando é preciso solucionar algum problema familiar bastante concreto, como um irmão menor que está virando um respondão. Às vezes, a palavra do irmão mais velho pode surtir melhor efeito até do que a dos pais.

3. Equilíbrio: nem escravo, nem ditador

Contar com o apoio do mais velho não é a mesma coisa que sobrecarregá-lo de responsabilidades que são objetivamente dos pais. Isso pode fazer com que ele acabe sendo escravo dos menores, cuja astúcia é maior do que se pensa. Os irmãos menores sabem perfeitamente que jogam com vantagem e que a sua condição de “pequenos” pode tirá-los de muitos apuros.

Porém, também pode acontecer o contrário. O irmão maior pode abusar de sua posição, aproveitando-se da confiança depositada pelos pais. Algumas vezes é tentador explorar um pouco os irmãos para evitar determinadas responsabilidades e trabalhos que lhe parecem complicados.

Tratar os filhos de modo equilibrado ajuda a que eles assumam a posição que cabe a cada um e que não a vejam como uma carga nem como uma vantagem. Esse equilíbrio ajuda que haja justiça e que não aconteça, por exemplo, que em uma discussão o maior sempre leve toda a culpa e o menor saia ileso só por ser pequeno.

Sejamos conscientes de que não podemos tratar o pequeno sempre como se fosse um bebê e deixá-lo isento de responsabilidades por acharmos que não será capaz de cumpri-las, enquanto não deixamos passar um só erro do mais velho. Se for assim, é fácil que os filhos pensem em favoritismo por parte do pais e que surjam ciúmes.

Com informações de Hacer Familia.

Fonte: www.semprefamilia.com.br