Dor nas costas: você pode estar fazendo tudo errado
Dor nas costas é um problema que atinge milhares de pessoas, de todas faixas etárias e classes sociais. Segundo um levantamento recente, a dor nas costas é a principal causa de incapacidade no mundo inteiro. Só no Brasil, ela atinge 13% da população e só fica atrás da hipertensão entre as queixas de saúde, esclarece o Prof. Dr Fabiano Fonseca – Cirurgião da coluna e ortopedista.
Alguns artigos publicados recentemente no prestigiado periódico de ciência “The Lancet” faz uma análise completa sobre o cenário do diagnóstico e do tratamento desse problema nos quatro cantos do mundo. A conclusão é que médicos e pacientes estão cometendo uma série de erros.
Veja os principais problemas ocorridos:
Exames desnecessários: nem todas as situações necessitam de exames como radiografia, tomografia ou ressonância magnética. Especialistas precisam analisar o caso do paciente antes de solicitar uma série de exames desnecessários. Os exames só estão indicados para uma parcela mínima de casos, quando surgem suspeitas de deslocamento de vértebras, fraturas após traumas e acidentes e quando houver indícios de tumores que estejam apertando nervos que saem da medula espinhal, explica o cirurgião de coluna e ortopedista Dr. Fabiano Fonseca.
Medicamentos e cirurgias: após o diagnóstico, o segundo erro está no contra-ataque terapêutico. Na maioria das vezes, a tendência é partir para remédios e métodos invasivos. Outro equívoco grave. Nos países ricos, há um abuso na prescrição de opioides, uma classe farmacêutica potente que, quando mal utilizada, provoca um monte de efeitos colaterais e leva à dependência. E isso sem contar a tendência de recorrer às cirurgias, um recurso caro que muitas vezes não resolve a questão. O médico pode até prescrever analgésicos e anti-inflamatórios por um curto período de tempo. A solução mesmo é educar o paciente e tirar os seus medos, mostrando que a dor não é uma doença, mas um sintoma que pode estar relacionado a diversos fatores, como estresse, ansiedade, depressão, noites mal dormidas e falta de atividade física…
Sedentarismo: Não dá para ficar só de repouso, outra sugestão bastante comum nos consultórios. Manter uma vida ativa é um recurso essencial para encarar e minimizar esse problema. Para prevenir que as pontadas apareçam, a dica é a mesma: não fique parado. Vale reservar algum tempo do dia ou da semana para a prática regular de atividade física e fugir das longas horas sentado na cadeira do escritório ou largado no sofá da sala. É importante se levantar de vez em quando para esticar o esqueleto e os músculos.
Pra finalizar fique atento à postura e faça pequenos ajustes no ambiente de trabalho e de lazer para não se encurvar por horas e horas. Sua coluna agradece.
Por Fernanda Passos| Inova assessoria e comunicação
Fonte: Gazeta Esportiva