Não fui amado(a), mas posso dar uma resposta diferente
Amar é, antes de tudo, um ato de vontade
Vivemos num mundo globalizado onde os valores foram deturpados e esquecidos, então, torna-se preciso resgatar a essência da vida e contemplar no irmão o belo, o positivo de sua história, em suma é preciso resgatar o AMOR que há na sua essência e que, devido os dessabores diários e as situações errôneas que foram vividas no decorrer da vida, contribuíram para esvaziar o ser humano daquilo que ele traz de sagrado e que é dádiva de Deus: o amor puro e verdadeiro pelas coisas simples e belas da vida.
Por vezes nos deparamos com pessoas de difícil convivência, as quais não sabem externar o que, de fato, são. Vivem com máscaras diversas, como se estivessem a todo momento em um palco de teatro , vivem seu “auge” no momento da representação e, ao tirar as máscaras, voltam ao seu mundo fechado, onde o outro é apenas uma simples peça deste quebra cabeça que é a nossa vida, e não uma das peças fundamentais.
Sabemos que ninguém vive sozinho, precisamos do outro para fecundar a nossa história e para juntos crescermos na fé. Por mais difícil que seja o irmão, dentro dele há uma fonte de amor que grita pelo socorro do outro, precisamos ser conscientes de que amar é o resultado de um aprendizado; precisamos aprender a externar a essência da vida que há em nós. Muita gente pensa que o amor é somente um sentimento, que ele brota sem que precisemos fazer nada; mas amar é, antes de tudo, um ato de vontade.
É fundamental expressar amor pelas pessoas com quem convivemos; envolvê-las com sinais de amor e, até mesmo, surpreendê-las com nossas manifestações nas quais refletem aquilo que somos e que temos provado.
O meu comportamento com as pessoas
É frequente nos relacionarmos com pessoas que aparentemente “não vivem”; não sabem expressar o amor que há no interior delas.
Nesse sentido, não podemos dizer que não exista amor nelas, pois fomos criados à imagem e semelhança de DEUS, que é o puro amor; porém, diante desses irmãos, precisamos ser a presença de Deus e de Maria, tendo a postura de alguém que anseia que, aquelas pessoas, experimentem o amor puro, vindo do Céu, o amor que já experimentamos e que não queremos guardar só para nós.
Preciso ver além das aparências e ter a sensibilidade em acolher o outro com suas limitações, e buscar entender que só damos aquilo que recebemos.
E, pessoas que não foram amadas, que não receberam amor e, por consequência, não foram envolvidas nesse clima de afeto partilhado no lar, no trabalho e no convívio afetivo, essas pessoas não conseguem traduzir o amor em gestos; não receberam amor e não o experimentaram, por isso, não sabem amar.
É preciso ver no outro aquilo que ele não é capaz de ver: a fonte de amor que há nele; é preciso ser suporte do outro, ser sustento e permitir ser sustentado por ele; é preciso decidir-se a amar, mesmo sem vontade; é preciso traduzir o AMOR puro que o Senhor colocou em nossos corações, sendo sinal concreto d’Ele, de forma que, outra pessoa deseje provar e externar esse mesmo AMOR.
Fonte: Aleteia