Teoria do set point e o emagrecimento
Você já chegou a um determinado peso corporal e não consegue mais reduzi-lo? Faz de tudo e não emagrece? Esse acontecimento é conhecido como set point ou, em português, algo como ponto de estabilização, estagnação ou mesmo ajustes.
A teoria do set point está relacionada à manutenção relativamente estável do peso corporal por longos períodos e, assim, maior preservação de tecido adiposo. É proposto que mecanismos reguladores periféricos e no sistema nervoso central façam os ajustes e que a perda de peso seja controlada por inúmeros fatores, sendo um deles o balanço energético.
Inicialmente, o set point foi aceito como um ponto de referência ao organismo. A constância na manutenção do peso corporal pode ser encarada como uma forma de defesa do organismo para situações de privação alimentar. Talvez, em algum ponto da evolução da espécie humana isso tenha sido importante. No entanto, com a facilidade de acesso aos alimentos na atualidade, estocar energia em forma de gordura não tem sido uma boa opção, visto que o tecido adiposo, tanto o periférico quanto o visceral são precursores e/ou preditores de doenças como o diabetes tipo 2, dislipidemias, aterosclerose, hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, entre outras com desfechos piores.
Além desse set point nutricional, o organismo também alcança um estado de equilíbrio e até mesmo de redução nos gastos energéticos provenientes do exercício físico. Outra vez, trata-se do organismo tentando nos proteger de eventuais excessos e riscos.
Embora ainda em estudo, sabe-se que adaptações fisiológicas ocorrem no sentido de minimizar o gasto energético em repouso. Tais adaptações apresentam características variáveis de acordo com o indivíduo. Dessa forma, ao pensar em iniciar um projeto de emagrecimento, é prudente ter o acompanhamento de um profissional de educação física e nutricionista para que ambos possam ajustar o processo de acordo com a sua individualidade, rotina de treinos e alimentação.
Fonte: Gazeta Esportiva