Como fazer um namoro a distância dar certo

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Como fazer um namoro a distância dar certo

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O que levar em conta antes de aceitar o desafio de começar um namoro com alguém que mora a quilômetros de você

Quando se fala em namoro, logo se pensa em ter alguém para estar perto nas horas de dificuldade, de ter uma companhia certa para o cinema, de poder passear juntos nos fins de semana, de ter com quem rir até das piadas ruins. Por isso, quando alguém diz que namora à distância, a gente torce a boca e franze a testa, porque não soa como algo que vá durar. Como confiar em alguém que mal se vê?

Se você já pensou em começar um relacionamento com alguém que mora longe, mas essas perguntas lhe tiraram o sono, saiba que há várias histórias de gente que transformou o namoro em casamento . “Para que o relacionamento se estabeleça como duradouro, nessa situação, é importante que o casal tenha em seus planos e sonhos, a vontade de evoluir para a convivência conjunta”, diz Clarice Ebert, psicóloga e terapeuta familiar.

Joy Oliveira e Carlos Gerke estão juntos há sete anos e destes, quatro anos e meio foram à distância. Ela mora hoje no Texas (EUA) e ele em Curitiba. Quando apareceu a oportunidade da mudança da família de Joy para os Estados Unidos, Carlos apoiou a decisão sem nem pensar muito. Tanto que o rompimento do compromisso não passou pela cabeça deles. Acreditar no amor que tinham, foi fundamental para essa transição.

O começo, claro, foi difícil. A mudança exigiu uma grande adaptação. “O período de ajuste veio com muitas lágrimas, solidão e algum desentendimento. Mas também veio com amor, carinho e perseverança”, conta Joy. Esse tempo de reorganização durou cerca de três meses e o mais difícil, segundo o casal, foi não ter mais a flexibilidade de se ver sempre. Agora, os dois estão noivos e se preparam para o casamento que deve ser em breve.

O casal ajudou o Sempre Família a preparar uma lista de recomendações para quem aceita o desafio de um namoro à distância. Além deles, contribuíram a psicóloga Marina Pires Alves Machado, coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Positivo (UP) e a terapeuta familiar Clarice Ebert:

– Sinceridade acima de tudo: é preciso ser sincero em todos os momentos, como em um relacionamento em que a distância física não é uma barreira. Assim, você pode entender qual é o limite do outro. “Sempre incentivamos às pessoas que passam ou passarão por um namoro como o nosso, a sempre serem sinceras com seus parceiros, para que se conheçam bem”, diz Joy.

– Amor e fé como base de tudo: para Joy e Carlos é preciso já no começo de tudo, sustentar o relacionamento no amor. Eles decidiram investir sempre um no outro, principalmente após a mudança. Carlos diz que, por serem cristãos, eles entendem que há um propósito para isso tudo que vivem e se esforçam em entregar os rumos do relacionamento a Deus. “Acima de tudo, Jesus está no controle. Sem Ele, nada disso estaria acontecendo”, enfatiza Carlos.

– Manter-se perto mesmo longe: contar sobre como foi o dia de cada um, mandar mensagens só para dar um oi e lembrar do amor que sentem, ou mesmo compartilhar vídeos engraçados para que possam rir juntos mais tarde. É importante estar perto de alguma maneira. “Tentar ligar uma vez por dia, nem que seja para uma conversa de cinco minutos, mas procurar ser compreensivo quando não pudermos conversar”, explica Carlos.

– Confiança: “Tem que desencanar do online”, afirma Marina. Para quem está mantendo um relacionamento à distância, a confiança é primordial. Não é porque o online te apresenta a facilidade de poderem conversar mais rápido, que você vai conseguir saber onde o namorado está o tempo todo. Não dá para ficar cobrando isso, porque não é saudável, diz a psicóloga.

– Insira-se na vida do outro: “Quando se encontrarem, vivenciem tudo o que há no cotidiano do outro”, incentiva Marina. Quando se encontrarem, procurem sair com os amigos um do outro e participem das situações em família. Assim, é possível perceber alguns comportamentos que nem sempre são visíveis quando estão juntos e a sós.

– Cuidado com o ciúme:  Clarice explica que é preciso estar atento ao ciúme, porque esse sentimento quando unido à saudade, pode desencadear até mesmo alguns quadros de ansiedade, além de desgastar a relação.

– Diálogo: às vezes, a distância pode até ser benéfica ao costume de falar e escutar com qualidade. “Se for articulado de forma assertiva, poderá promover bons momentos de empatia, de vontade de conhecer a pessoa amada e de se dar a conhecer, fortalecendo o vínculo”, explica Clarice.

– Tempo de qualidade: se a distância entre os dois é grande, é preciso investir na qualidade do tempo que se passa junto. Quando puderem se encontrar, procurem aproveitar ao máximo cada momento. “Conversem, divirtam-se e falem sobre o futuro”, sugere Marina.

Fonte: Sempre Família