Idosos sedentários envelhecem mais rápido que os ativos
Estudo aponta que idosos que passam a maior parte do tempo sentados parecem até oito anos mais velhos que seus contemporâneos mais ativos
Um estudo realizado pelo grupo de voluntários Age UK, do Reino Unido, aponta que pessoas idosas que passam a maior parte do tempo sentadas envelhecem mais rápido que as que se mantém fisicamente ativas. A pesquisa foi publicada na revista científica American Journal of Epidemiology.
Os pesquisadores monitoraram 1.500 aposentados da mesma faixa etária. No experimento, eles compararam um grupo de sedentários que se mantinham sentados até dez horas por dia com outro grupo de pessoas que faziam atividade física moderada. Os sedentários pareciam até oito anos mais velhos que os idosos ativos.
De acordo com os autores do estudo, isso ocorre pelo fato de que os sedentários possuem telômeros mais curtos – são pequenas estruturas nas extremidades do DNA, que protegem os cromossomos. Essas estruturas encurtam naturalmente com o passar dos anos, mas os fatores de saúde e estilo de vida, como obesidade e tabagismo, podem acelerar o processo.
“As células envelhecem mais rápido com um estilo de vida sedentário”, afirma o autor chefe da pesquisa, Aladdin Sahdyab, da Universidade da Califórnia. “A idade cronológica nem sempre combina com a biológica”, acrescenta Sahdyab, destacando ainda a importância de iniciar a prática de atividades físicas quando ainda somos novos e manter até o envelhecimento.
Outros estudos já indicavam que a diminuição do tamanho dos telômeros está associada doenças cardiovasculares, diabetes e diversos tipos de câncer, e que permanecer sentado por um longo tempo pode provocar danos, especialmente em mulheres.
Para evitar os efeitos do envelhecimento, os pesquisadores recomendam que as pessoas se levantem a cada 20 minutos e caminhem pelo menos três minutos a cada vez. O diretor-executivo da UK Active, Stephen Ward, também recomenda a realização de pequenas tarefas domésticas, como carregar mantimentos e subir mais escadas. “É hora de terminar nosso caso de amor com a cadeira e fazer as pessoas se mexerem novamente”, afirma Ward.
Fonte: Opinião e Notícia