O que é o “Parto Adequado”?
Iniciativa de ANS e outras instituições em parceria com o Ministerio da Saúde visa melhorar a saúde de mães e recém-nascidos
Com o objetivo de identificar novos e modelos de atenção ao parto e ao nascimento, que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI) estão desenvolvendo o Projeto Parto Adequado. Melhorar a segurança dos pacientes e a experiência do cuidado para mães em hospitais públicos e privados também fazer parte da meta.
A iniciativa conta com o apoio do Ministério da Saúde e 42 hospitais e maternidades privados de todo o Brasil fizeram inscrição para participar do projeto-piloto. A adesão ao projeto é voluntária e o planejamento tem previsão de conclusão até o fim do ano que vem. Entre os principais desafios está a realização de partos a partir do final da 38ª semana de gestação, exceto em casos de gravidez de risco.
A coordenadora de Enfermagem Gineco-Obstétrico da Casa de Saúde São José, um dos hospitais participantes no Rio de Janeiro, Gisele Costa, explica que a partir da 38ª semana, é mais garantido que os bebês tenham atingido a maturidade pulmonar: “Essa meta visa garantir a saúde da mãe e do bebê, bem como diminuir o índice de internações na UTI neonatal decorrentes de cesáreas realizadas de forma prematura”, afirma a médica.
Segundo a ANS, o projeto promoverá o parto normal, qualificando os serviços de assistência no pré-parto, parto e pós-parto. Isso favorece a redução de cesáreas desnecessárias e de possíveis adversidades decorrentes de um parto não adequado, minimizando riscos desnecessários para a saúde das mães e dos bebês.
Veja a lista completa de instituições participantes por região: http://www.ans.gov.br/images/stories/noticias/pdf/lista-de-hospitais-participantes-parto-adequado-atualizado.pdf
Números do projeto
– No Brasil, a taxa de cesarianas na saúde privada é de 84% e na saúde pública chega a 40%.
– Quando não tem indicação médica, a cesárea aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe.
– Cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no Brasil estão relacionados à prematuridade.
– 42 hospitais e maternidades privados de todo o Brasil fizeram inscrição para participar do projeto-piloto.
– 4 maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS) farão parte do projeto-piloto.
– Com a aplicação desta metodologia, experiências anteriores apontaram crescimento de partos normais de 20% para 55% e redução das entradas em UTI neonatal de 155 para 46 em cada mil nascidos vivos.
Fonte: www.paisefilhos.com.br