Maneira sábia de usar seu tempo
Há quem faça de tudo para pensar que o seu tempo é infinito. Porém, bens infinitos têm pouco valor.
Valorizamos mais o tempo quando percebemos que ele é escasso. Várias linhas de pensamento, do budismo ao estoicismo e do cristianismo ao epicurismo, dizem que, para valorizar o seu tempo, é preciso contemplar o fato de que você vai morrer um dia e, por isso, o tempo é fugaz.
Alguns dizem que isso é meio mórbido e preferem não pensar sobre a própria mortalidade. Essas pessoas fazem de tudo para pensar que o seu tempo é infinito. Porém, bens infinitos têm pouco valor. É só quando lutamos para respirar que aprendemos a valorizar o ar e em períodos de seca aprendemos a valorizar a chuva.
O tempo é limitado
Há até um aplicativo, chamado T-Zero, em que você pode ver quantos minutos e segundos ainda faltam, por exemplo, para o seu 76º aniversário – a expectativa de vida de um homem nos Estados Unidos. Enxergar de forma mais concreta que o tempo passa e é finito encoraja a examinar bem como estamos gastando nosso tempo.
Eu quero realmente gastar estes minutos preciosos jogando aquele joguinho do celular pela centésima vez ou vagando sem rumo pelo feed do Facebook? Ou é melhor usar esse tempo para conversar com a minha esposa, aprender algo novo ou ajudar a gerar a mudança que quero ser no mundo? Às vezes, eu realmente quero o joguinho. Mas é bom resetar a nossa perspectiva e focar no que importa.
25 minutos
O mesmo conceito de contar o tempo pode ser aplicado em um nível mais simples. Uma tática é esta: colocar um alarme para daqui a 25 minutos, com a contagem à vista, e durante esse tempo focar exclusivamente em uma tarefa, até que o alarme soe. Depois, pode-se tomar cinco minutos de folga e repetir o procedimento.
Quando der vontade de checar o Facebook ou aparecer alguma notificação (e o melhor é desativá-las), você vai lembrar que você tem cinco minutinhos no fim desse período para fazer esse tipo de coisa e vai focar no seu trabalho.
Estar atento
É importante também revisar como foi o dia. Malcolm Gladwell popularizou a ideia de que são necessárias 10 mil horas para se tornar um perito em algo. No entanto, não são apenas 10 mil horas fazendo algo. Há muitos administradores que já passaram bem mais de 10 mil horas gerenciando e ainda mostram pouco progresso.
Gladwell se referia a 10 mil horas de prática deliberada, ou seja, estar conscientemente atento do que você está fazendo, revisando como você fez e ajustando o seu comportamento com base no que você aprende. É custoso fazer isso, mas é necessário. A melhor maneira para começar é escrever no fim do dia um pequeno resumo das atividades. Você pode se guiar por questões como:
– Houve momentos no dia em que você perdeu a calma ou falou sem pensar?
– O que o impediu de ser produtivo hoje e o que você pode mudar?
– Houve interações que você faria de modo diferente se pudesse voltar atrás?
– O quanto você ouviu e perguntou hoje, em vez de só falar e afirmar coisas?
Com informações de Motto/Time.
Colaborou: Felipe Koller.
Fonte: www.semprefamilia.com.br