Expectativa do governo brasileiro foi apresentada em reunião realizada em Nova York nesta semana. Também serão destinados R$ 3,4 milhões para assistência a essas pessoas.

São Paulo – O Brasil deverá receber até três mil refugiados sírios até o fim de 2017 e destinar R$ 3,4 milhões para assistência a refugiados e apátridas acolhidos no País. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), a estimativa foi divulgada pelo governo brasileiro na Reunião de Alto Nível sobre Grandes Movimentos de Refugiados e Migrantes realizada nas Nações Unidas, em Nova York, para discutir soluções para a crise dos refugiados. O Ministério da Justiça confirmou à ANBA nesta sexta-feira (23) as estimativas do governo.

Segundo as informações do Acnur, o Brasil se disse “engajado em iniciativas” de reassentamento de refugiados, com foco especial às mulheres e crianças. Além delas, terão prioridade na apreciação dos pedidos de vistos os idosos, os adolescentes e as pessoas portadoras de deficiências. Atualmente, o País abriga cerca de nove mil refugiados, dos quais 2.300 são sírios.

Ainda segundo dados do Acnur, o Brasil deverá destinar R$ 1,2 milhão neste ano à assistência de refugiados, R$ 1,2 milhão no ano que vem por meio de convênios com instituições que assistem os refugiados e R$ 1 milhão para reassentamento. No encontro, que foi liderado pelo governo dos Estados Unidos, o ministro brasileiro da Justiça e da Cidadania, Alexandre de Moraes, disse que o compromisso do Brasil é com a segurança, a inclusão e o resgate da dignidade dos refugiados.

O Brasil irá oferecer cursos de português para cerca de 270 refugiados por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e de empreendedorismo, em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Embresas (Sebrae), a outras 200 pessoas nesta condição. Este projeto já teve uma etapa concluída.

Na mesma reunião, outros países assumiram compromissos. Turquia, Tailândia, Chade e Jordânia irão ajudar na educação de cerca de um milhão de crianças refugiadas e oferecerão treinamento e capacitação profissional para mais um milhão de pessoas. Do encontro participaram nove países africanos, seis das Américas, sete da Ásia, 20 europeus e seis do Oriente Médio e do Norte da África.

Fonte: www.anba.com.br